Intimidade
só dá filho e apurrinhação, né?
Mas irei abrir mais uma vez a minha para vocês.
Eu tive três primeiras vezes.
Todas com a mesma mulher:
Claudinha.
Claudinha
era menina do interior.
Seu
sonho era morar na cidade grande para estudar, ganhar dinheiro e ajudar a
família.
Veio
para minha casa para ser empregada doméstica e tomar conta de mim enquanto
minha mãe trabalhava.
Eu
tinha uns treze.
Era pré-adolescente.
Mas
na minha época, a indústria pedófila da propaganda ainda nem tinha nos
descoberto, então esse termo nem existia.
Eu
era só uma criança mesmo.
As festinhas eram americanas: "Menina leva salgado e menino refri."
Bebida
alcoólica se resumia nas batidinhas em copinho de café que eu roubava nas
festas dos adultos e o keep Cooler que eu roubava da geladeira.
Cerveja ainda era amarga para mim.
Drogas?
Bom, eu fumava uns cigarrinhos de chocolate. Lembra?
Qualquer
embalagem de produto infantil tinha crianças brancas, loirinhas de olhos azuis.
Mas
a porra do politicamente incorreto cigarrinho de chocolate vinha com um neguinho sorrindo estampado na
caixa, estilo: “Para nossa alegria!”
E
sexo... sexo se resumia nas famosas revistas de mulher pelada.
Com
todo o respeito dona Yoná Magalhães, mas por muitas vezes eu e a senhora namoramos
no meu banheiro...
Acariciava
os azulejos enquanto vislumbrava a Magda Cotrofe...
Fiz
muito cafuné em papel higiênico homenageando a Vera Fisher,
Maitê
Proença, Cláudia Bin Laden Ohana, Luma de Oliveira, Lúcia...
Lúcia
Veríssimo eu tinha medo.
Nos
meus sonhos ela sempre me batia com os peitos.
Sexo
na TV? Só de madrugada com
os filmes do queridíssimo Neville d`Almeida.
E
claro...Ela...A rainha...Emanuelle.
Gostaria
de pedir uma salva de palmas para Emanuelle.
Ela
não me ensinou a fazer sexo, me ensinou a fazer amor.
Obrigado
por tudo.
Hoje em dia não! Qualquer moleque enche o rabo de vodka, fuma e transa.
Com internet, não precisa nem sair de casa para transar.
Se
na minha época existisse internet teria esfolado meu pênis até desaparecer.
Ia
ficar igual o Ken da Barbie.
Então
você imagina a minha surpresa quando Claudinha deixou os seios à mostra
enquanto pendurava as roupas no varal da varanda.
O joelho dobrou, a mão tremeu e os olhos quadriplicaram de tamanho
como seu eu fosse um Mangá.
Ela
viu que eu a vi, deixou mais um pouco e depois se recompôs.
Eu
engoli a seco.
O
coração:...tum-tum, tum-tum, tum-tum...
Corri
para o banheiro como o Clark Kent corre para cabine telefônica.
Não
há diferença entre um menino e um urso.
É
sujo, é bobo e vive rolando pelo chão.
Já
uma menina de doze anos é praticamente a cópia da mãe.
Claudinha
tinha dezesseis.
Era
cópia do demônio.
Dormíamos
no mesmo quarto.
Minha
cama era de um lado e a dela era do outro.
Tentei
dormir, mas a cena da varanda não saía da minha cabeça.
Claudinha
que sempre dormia com um lençol xadrez.
Mexeu o peão duas casas.
-
“Eu vi que você estava me olhando na varanda hoje.”
Fiquei
vermelho igual o nariz do Bozo Bozinho Bozoca Nariz de Pipoca.
-
Eu? Eu não...
-
“Tudo bem, eu não ligo.”
O
coração: “ Tum...Tum...Tum...”
-
“Quer ver mais de perto?”
“Tum,Tum,Tum,Tum,Tum,Tum,Tum...”
Praticamente
a trilha de Tubarão
-
Não, obrigado.
(Ê-de-ó-ta!!!!)
-
“Tudo bem, então. A gente faz assim. Eu vou mostrar e você olha se quiser, ta?”
Fechei
o olho.
Todos
os músculos do corpo estavam travados.
O
coração parecia uma rã com Ritalina.
-
“Deixa de ser bobo, garoto, pode olhar.”
Abri
um olho.
O
luar que invadia a janela do quarto, só batia do lado dela.
Os
seus seios intumescidos eram...
Como
vou explicar...?
Era...
leite condensado, caramelizado, com flocos crocantes cobertos por um delicioso
chocolate.
Mas
ou menos assim.
Foi
uma das coisas mais bonitas que eu já vi na vida.
-
“Quer encostar?”
Quero!
Quero! Quero!
Ainda
muito sem graça, me arrastei até o outro lado do quarto, cheguei perto da cama
e toquei o seu seio esquerdo.
Um
pêssego.
-
“Pode beijar!”
O
beijo mais singelo da minha vida foi num mamilo.
-
“Agora dorme!”
Han?
Deitei
na cama, mas demorei a dormir.
Algo
cristalino se quebrou dentro de mim nesse dia.
Foi
minha primeira vez, número um.
No
dia seguinte fiz o que qualquer homem faria.
Contei
para todos os meus amigos.
Ninguém
acreditou.
Dois
dias depois no lençol xadrez, Claudinha avança com a torre.
- “Que me ver pelada?”
Nem
consegui falar, só balancei a cabeça para cima e para baixo.
E
a maluca tirou a roupa completamente.
-
Uau!
Não
vou dizer que ela parecia a Brook Shields em Lagoa Azul.
Na
verdade, Claudinha tinha mãos e pés de quem trabalhou em lavoura e a cara
parecia uma briga de foice no escuro.
Mas
do calcanhar até o pescoço... Era perfeita.
E
amo frango assado, mas não como nem a cabeça, nem o pé e nem a asa.
Ok,
a comparação não foi boa.
Sei
que ao vê-la nua eu parecia mais um filhote de coiote.
-
“Quer conhecer outra parte minha?”
(Eu
disse que a garota era um demônio.)
E
foi assim que eu conheci a Dona Vagina.
-
Muito prazer, Dona Vagina!
Dei
mais que dois beijinhos.
Mas
foi tudo oral.
No
final era como se eu tivesse comido 89 maças do amor.
Maxilar
doendo, língua adormecida e cara lambuzada.
Tá
eu sei, essa comparação também não foi boa.
-
“Agora dorme!”
Como
se adestrar um macho.
-
Mas Claudinha...
-
“Amanhã a gente termina.”
Pinto
de Adamantium.
Dessa
vez foi impossível dormir mesmo.
Minha
primeira vez, número dois.
Mamãe
até esse dia não tinha se ligado em nada.
Mãe
sempre acha que filho é um bebê ainda.
Mas
a minha nunca foi burra.
Quando
ela me viu varrendo o tapete e indo fazer compras, desconfiou.
Mulher
sente o cheiro de baba de tarado mesmo que for a do seu próprio filho.
Percebeu
que o seu anjinho já não tinha mais a auréola, asas e harpa.
Pelo
contrário: Só rabo ponta de flecha, tridente e chifre.
Nunca
torci para o tempo da escola passar tão rápido.
-
“Angelo, vamos jogar queimado?”
-
Hummmm...
Eu
sei, é meio gay.
Mas
eu adorava jogar queimado. Era o melhor da escola, inclusive.
Também
já fui campeão de bambolê, mas essa história eu só conto muito, mas muito
bêbado mesmo.
-
Poxa, hoje não dá.
Claro
que não dava, eu só tinha cabeça para Claudinha.
Quando
chegou a noite, eu fui dormir mais cedo que o normal.
-
“Já vai dormi meu filho?”
-
Vou mãe.
-
“Dorme com Deus.”
É
ruim hein!
Claudinha
demorou a vir para cama, mas veio.
Minha
mãe também demorou a ir para o quarto dela, mas foi.
Tudo
certo.
Parecia
que eu tinha tomado dez Viagras e quinze êxtases.
Já
virei cafajeste:
-
E aí Claudinha, vamos?
Mexi
com o Bispo.
-
“Tá nervoso?”
-
Não.
Estava
só prestes a ter um ataque cardíaco sentindo o coração bater dentro do meu saco.
-
“Pula aqui para minha cama.”
Entrei
por debaixo do lençol xadrez igual uma marmota.
“Round
1 – Figth!”
Tudo
que você faz a primeira vez, pode até ser muito bom, mas é sempre meio atrapalhado.
Quando
foi chegando a hora do orgasmo...
Eu
tive a certeza que estava desencarnando.
-
Vou morrer...
Na
hora em si.
Se
enfiasse uma lâmpada na minha orelha acendia.
Após
dois minutos eu comecei a chorar.
Chorei
mesmo.
Minha
primeira vez, número três.
Até
que...
-
“O que está acontecendo aqui?”
Mermão...
Tomei
um susto de barata quando a luz acende.
Dei
um pulo de Snarf de cima da Claudinha...
-
“Alguém pode me explicar?”
...E
parei do outro lado na minha cama.
Hoje
eu sou matrix.
Mas
nessa época ainda não.
Dei
uma porrada com o joelho no estrado.
-
Uuhhhh!
-
“Hein Sr. Angelo!?”
Minha
mãe estava brava...
-
Mãe...Eu..só estava...fazendo...companhia...
-
“Sei.”
No
dia seguinte, mamãe malvada mandou Claudinha devolta para o interior, no
primeiro ônibus.
Fez
bem.
Se
não hoje, com certeza eu seria pai de um dos oito filhos que ela tem.
NOTA: Não esqueça de compartilhar no seu mural, twitter, e-mail e no bom e velho boca a boca.
Vou te dizer que vamos tomar umas biritas, pois esse bambolê esta me deixando cada dia mais curiosa. Muito boa.
ResponderExcluirTem certeza mesmo q um dos oito filhos dela não é seu? Kkkkkkkkk Claro q alguém ia fazer essa piadinha.
ResponderExcluirAbsoluta. rs
ExcluirEmanuelle teve derrame esses dias. Icone dos novos trintões!!!!!!
ResponderExcluirTem certeza mesmo q um dos oito filhos dela não é seu? [2] ;)
ResponderExcluirTenho sim, tá.
ExcluirSempre achei muito machista esse lance de "menina leva salgado e menino refri"... tanto é que a minha forma de protestar era levar para essas festinhas americanas o refrigerante nas mãos como se fosse uma bandeira revolucionária...fazia aquela cara de "Che Guevara" e pose de Leila Diniz...rsrsrs
ResponderExcluirMas tinha q ser "Claudinha"? Nao podia ser um nome mais comum como: Valeria Aparecida, Sandra Patricia, Raimunda, etc... rs..
ResponderExcluirsempre otima!
Boa, amor!!!! Tb preciso ver sua performance com o bambole....
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk....muito boa....amei e me diverti horrores....
ResponderExcluirÓ-tê-mo!
ResponderExcluirEu escutei essa historia no reveillon... =] Carol Teófilo
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