terça-feira, 3 de julho de 2012

Minha Terceira Primeira Vez


Intimidade só dá filho e apurrinhação, né?

Mas irei abrir mais uma vez a minha para vocês. 

Eu tive  três primeiras vezes.                        

Todas com a mesma mulher:

Claudinha.
Claudinha era menina do interior.
Seu sonho era morar na cidade grande para estudar, ganhar dinheiro e ajudar a família.
Veio para minha casa para ser empregada doméstica e tomar conta de mim enquanto minha mãe trabalhava.

Eu tinha uns treze.
Era pré-adolescente.
Mas na minha época, a indústria pedófila da propaganda ainda nem tinha nos descoberto, então esse termo nem existia.

Eu era só uma criança mesmo.

As festinhas eram americanas: "Menina leva salgado e menino refri."

Bebida alcoólica se resumia nas batidinhas em copinho de café que eu roubava nas festas dos adultos e o keep Cooler que eu roubava da geladeira.
Cerveja ainda era amarga para mim.

Drogas? Bom, eu fumava uns cigarrinhos de chocolate. Lembra?
 Qualquer embalagem de produto infantil tinha crianças brancas, loirinhas de olhos azuis.
Mas a porra do politicamente incorreto cigarrinho de chocolate vinha com um neguinho sorrindo estampado na caixa, estilo: “Para nossa alegria!”

E sexo... sexo se resumia nas famosas revistas de mulher pelada.
Com todo o respeito dona Yoná Magalhães, mas por muitas vezes eu e a senhora namoramos no meu banheiro...
Acariciava os azulejos enquanto vislumbrava a Magda Cotrofe...
Fiz muito cafuné em papel higiênico homenageando a Vera Fisher,
Maitê Proença, Cláudia Bin Laden Ohana, Luma de Oliveira, Lúcia...

Lúcia Veríssimo eu tinha medo.
Nos meus sonhos ela sempre me batia com os peitos.

Sexo na TV?  Só de madrugada com os filmes do queridíssimo Neville d`Almeida.

E claro...Ela...A rainha...Emanuelle.

Gostaria de pedir uma salva de palmas para Emanuelle.
Ela não me ensinou a fazer sexo, me ensinou a fazer amor. 
Obrigado por tudo.

Hoje em dia não! Qualquer moleque enche o rabo de vodka, fuma e transa.
Com internet, não precisa nem sair de casa para transar.
 Se na minha época existisse internet teria esfolado meu pênis até desaparecer.
Ia ficar igual o Ken da Barbie.

Então você imagina a minha surpresa quando Claudinha deixou os seios à mostra enquanto pendurava as roupas no varal da varanda.

O joelho dobrou, a mão tremeu e os olhos quadriplicaram de tamanho como seu eu fosse um Mangá.

Ela viu que eu a vi, deixou mais um pouco e depois se recompôs.

Eu engoli a seco.
O coração:...tum-tum,  tum-tum, tum-tum...

Corri para o banheiro como o Clark Kent corre para cabine telefônica.

Não há diferença entre um menino e um urso.
É sujo, é bobo e vive rolando pelo chão.
Já uma menina de doze anos é praticamente a cópia da mãe.

Claudinha tinha dezesseis.
Era cópia do demônio.

Dormíamos no mesmo quarto.
Minha cama era de um lado e a dela era do outro.

Tentei dormir, mas a cena da varanda não saía da minha cabeça.

Claudinha que sempre dormia com um lençol xadrez.
Mexeu o peão duas casas.

- “Eu vi que você estava me olhando na varanda hoje.”

Fiquei vermelho igual o nariz do Bozo Bozinho Bozoca Nariz de Pipoca.

- Eu? Eu não...
- “Tudo bem, eu não ligo.”

O coração: “ Tum...Tum...Tum...”

- “Quer ver mais de perto?”

“Tum,Tum,Tum,Tum,Tum,Tum,Tum...”
Praticamente a trilha de Tubarão

- Não, obrigado.

(Ê-de-ó-ta!!!!)

- “Tudo bem, então. A gente faz assim. Eu vou mostrar e você olha se quiser, ta?”

Fechei o olho.
Todos os músculos do corpo estavam travados.

O coração parecia uma rã com Ritalina.

- “Deixa de ser bobo, garoto, pode olhar.”

Abri um olho.
O luar que invadia a janela do quarto, só batia do lado dela.

Os seus seios intumescidos eram...
Como vou explicar...?
Era... leite condensado, caramelizado, com flocos crocantes cobertos por um delicioso chocolate.
Mas ou menos assim.

Foi uma das coisas mais bonitas que eu já vi na vida.
- “Quer encostar?”

Quero! Quero! Quero!

Ainda muito sem graça, me arrastei até o outro lado do quarto, cheguei perto da cama e toquei o seu seio esquerdo.

Um pêssego.

- “Pode beijar!”

O beijo mais singelo da minha vida foi num mamilo.

- “Agora dorme!”

Han?

Deitei na cama, mas demorei a dormir.

Algo cristalino se quebrou dentro de mim nesse dia.

Foi minha primeira vez, número um.

No dia seguinte fiz o que qualquer homem faria.
Contei para todos os meus amigos.

Ninguém acreditou.

Dois dias depois no lençol xadrez, Claudinha avança com a torre.

 - “Que me ver pelada?”

Nem consegui falar, só balancei a cabeça para cima e para baixo.

E a maluca tirou a roupa completamente.

- Uau!

Não vou dizer que ela parecia a Brook Shields em Lagoa Azul.
Na verdade, Claudinha tinha mãos e pés de quem trabalhou em lavoura e a cara parecia uma briga de foice no escuro.

Mas do calcanhar até o pescoço... Era perfeita.

E amo frango assado, mas não como nem a cabeça, nem o pé e nem a asa.
Ok, a comparação não foi boa.

Sei que ao vê-la nua eu parecia mais um filhote de coiote.

- “Quer conhecer outra parte minha?”

(Eu disse que a garota era um demônio.)

E foi assim que eu conheci a Dona Vagina.

- Muito prazer, Dona Vagina!
Dei mais que dois beijinhos.

Mas foi tudo oral.

No final era como se eu tivesse comido 89 maças do amor.
Maxilar doendo, língua adormecida e cara lambuzada.

Tá eu sei, essa comparação também não foi boa.

- “Agora dorme!”

Como se adestrar um macho.

- Mas Claudinha...
- “Amanhã a gente termina.”

Pinto de Adamantium.

Dessa vez foi impossível dormir mesmo.

Minha primeira vez, número dois.

Mamãe até esse dia não tinha se ligado em nada.
Mãe sempre acha que filho é um bebê ainda.
Mas a minha nunca foi burra.
Quando ela me viu varrendo o tapete e indo fazer compras, desconfiou.

Mulher sente o cheiro de baba de tarado mesmo que for a do seu próprio filho.

Percebeu que o seu anjinho já não tinha mais a auréola, asas e harpa.
Pelo contrário: Só rabo ponta de flecha, tridente e chifre.

Nunca torci para o tempo da escola passar tão rápido.

- “Angelo, vamos jogar queimado?”
- Hummmm...

Eu sei, é meio gay.
Mas eu adorava jogar queimado. Era o melhor da escola, inclusive.
Também já fui campeão de bambolê, mas essa história eu só conto muito, mas muito bêbado mesmo.

- Poxa, hoje não dá.

Claro que não dava, eu só tinha cabeça para Claudinha.

Quando chegou a noite, eu fui dormir mais cedo que o normal.

- “Já vai dormi meu filho?”
- Vou mãe.
- “Dorme com Deus.”

É ruim hein!

Claudinha demorou a vir para cama, mas veio.

Minha mãe também demorou a ir para o quarto dela, mas foi.

Tudo certo.

Parecia que eu tinha tomado dez Viagras e quinze êxtases.

Já virei cafajeste:
- E aí Claudinha, vamos?

Mexi com o Bispo.

- “Tá nervoso?”
- Não.

Estava só prestes a ter um ataque cardíaco sentindo o coração bater dentro do meu saco.

- “Pula aqui para minha cama.”

Entrei por debaixo do lençol xadrez igual uma marmota.

“Round 1 – Figth!”

Tudo que você faz a primeira vez, pode até ser muito bom, mas é sempre meio atrapalhado.

Quando foi chegando a hora do orgasmo...
Eu tive a certeza que estava desencarnando.

- Vou morrer...

Na hora em si.
Se enfiasse uma lâmpada na minha orelha acendia.
Após dois minutos eu comecei a chorar.
Chorei mesmo.

Minha primeira vez, número três.

Até que...

- “O que está acontecendo aqui?”

Mermão...
Tomei um susto de barata quando a luz acende.

Dei um pulo de Snarf de cima da Claudinha...

- “Alguém pode me explicar?”

...E parei do outro lado na minha cama.

Hoje eu sou matrix.
Mas nessa época ainda não.

Dei uma porrada com o joelho no estrado.

- Uuhhhh!
- “Hein Sr. Angelo!?”

Minha mãe estava brava...

- Mãe...Eu..só estava...fazendo...companhia...
- “Sei.”

No dia seguinte, mamãe malvada mandou Claudinha devolta para o interior, no primeiro ônibus.

Fez bem.

Se não hoje, com certeza eu seria pai de um dos oito filhos que ela tem.

NOTA: Não esqueça de compartilhar no seu mural, twitter, e-mail e no bom e velho boca a boca.
 

12 comentários:

  1. Vou te dizer que vamos tomar umas biritas, pois esse bambolê esta me deixando cada dia mais curiosa. Muito boa.

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  2. Tem certeza mesmo q um dos oito filhos dela não é seu? Kkkkkkkkk Claro q alguém ia fazer essa piadinha.

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  3. Emanuelle teve derrame esses dias. Icone dos novos trintões!!!!!!

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  4. Tem certeza mesmo q um dos oito filhos dela não é seu? [2] ;)

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  5. Sempre achei muito machista esse lance de "menina leva salgado e menino refri"... tanto é que a minha forma de protestar era levar para essas festinhas americanas o refrigerante nas mãos como se fosse uma bandeira revolucionária...fazia aquela cara de "Che Guevara" e pose de Leila Diniz...rsrsrs

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  6. Mas tinha q ser "Claudinha"? Nao podia ser um nome mais comum como: Valeria Aparecida, Sandra Patricia, Raimunda, etc... rs..

    sempre otima!

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  7. Boa, amor!!!! Tb preciso ver sua performance com o bambole....

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  8. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk....muito boa....amei e me diverti horrores....

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  9. Eu escutei essa historia no reveillon... =] Carol Teófilo

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