quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Gelo, batida e ressaca

O telefone que toca.
Na verdade é o despertador:  6 horas da madrugada!
Eu sei, eu sei, milhares de pessoas acordam essa hora pra trabalhar, até antes.
E daí?

Mas não é disso que eu vou falar.

Estou de ressaca!
Sabe como é né? Meu time ganhou, comemorei com minha torcida e tudo e tal.
Normal!

Mas também não é disso que eu vou falar.

Confesso que me deu uma preguiça Garfieldiana.
Um dos meus sonhos era ter um Lupa Lupa pra fazer as coisas pra mim.

Minha batalha Herculótica começa com o banho.
Minha querida mulher só dorme com o ar condicionado na opção: Estalactite no teto.
Só que o quarto, por coincidência, é no mesmo lugar onde fica o banheiro.
Vou lagarteando até o boxe, mas até me animo depois do banho morno.
Estou numa temperatura agradável e cantarolando “Oração”
Acordei com essa música na cabeça.
Seguro na maçaneta e bate o medo!
Fecho os olhos e dou uma respirada.
Sei que ao abrir a porta, estará fazendo -70º graus, praticamente Yakutsk.
Vou nu, batendo o queixo, até alcançar a porta do quarto.
E só aí percebo que na vida real está muito calor, já de manhã.
Eu sei, existe uma palavra pra isso: Pneumonia.

Mas também não é disso que eu vou falar.

Me arrumei, fiquei cheiroso, dei comida para os peixes, pra Lacroix, a lagosta (é eu crio uma lagosta algum problema?), pra Judas (Outro dia conto sobre ele), dou água para o meu Bonzai e pra minha Rafia.

Do jeito que o psiquiatra mandou.

Comi pão com coca pra cortar a lombeira e parti para o trabalho.
De óculos escuros às 6:30 da matina.
Foda-se!

Eu moro do lado do trabalho e vou andando. Oba!

Estou eu sozinho na calçada. Fecha o sinal.

Um carro tenta atravessar, mas não consegue, freia em cima da faixa de pedestre e vai chegando pra trás...

E bate num Honda.

BLAU!

Quem é o imbecil que bate a essa hora da manhã com tudo engarrafado?

Do Honda me sai um sujeito com cara de sono. Puto!

Do outro carro me sai uma anã.

Com o maior jeitão de anã, saca?

E se achando no direito de discutir.
Os dois começaram a bater boca exatamente na minha frente.

Que disposição...

Eu ri, dei a volta e segui meu caminho.
Mas o maluco me tirou pra testemunha:

- “Amigo, você que viu, me ajuda? Diz que a culpa foi dela por favor!”

Puta que pariu...

Olhei pra cara da mulher e ela apertou os olhos, saca?

- Pô cara, não vi não.

E fui embora.

2 comentários:

  1. Pô, Ângelo. Amarelou para a anã?! Seu texto está mais engraçado!
    Qualquer dia, conta a da paraplégica do funk aqui!

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